sábado, 28 de dezembro de 2013

Poema à Diógenes de Sínope

Díógenes, diz-me, tu viveste?
Que espécie de deus foi tu?
De onde aprendeste das coisas desapegar-se?
Diógenes, tu exististe?
Que espécie de homem-nada foi tu
Que como cão tentou viver entre o homens?
Sim, tentou, pois jamais alguém conseguiu igualar
sua vida como a de um ser superior como esse, chamado cão.
Mas tu tentaste, e tu foi símbolo
do nada que é a vida, do nada que todos são
independente do seu posto hierárquico.
Tu foi, se exististe, modelo de força que ninguém
jamais terá. Se tu olhasses nossa vida contemporânea
se enojaria. Aqui todos querem tudo,
e tudo mais daquilo que não precisam
e que os matam. Por dentro e por fora.
Pessoas que tapam a luz do sol,
preferem não vê-lo...
Aqui ninguém chega perto do que tu foi.
Mas que espécie de ser foi tu, filósofo?

Ah, Que vida de cão ! Somos todos cães.
Que barril é o mundo !
E ninguém é grande...

Grande foi tu por não ser nada, Diógenes !




Nenhum comentário:

Postar um comentário