quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Nós, os malditos

Nós, os malditos, velejamos deitados em plena escuridão.
nenhum sonho paira sobre nossa cabeça,
nenhuma busca fútil social toma nossa vontade.

Nós, os malditos, com olheiras na face pálida encaramos o velho nada.
engolimos vorazmente o doce néctar posto no fugaz da horas,
nenhum ideal eternizamos na superfície mole da realidade.

Nós, os malditos, vivemos daquilo que só nós mesmos damos valor.
não nos atormenta a suposta injustiça perante almas alhures,
preferimos admirar rosas escuras e secas sobre a terra infértil e fria.

Nós padecemos da nossa vertiginosa degradação natural
em um mundo esquecido.





Nenhum comentário:

Postar um comentário